Salazar cortou a despesa em 140000 contos e aumentou a receita em 200000 contos. Foram criados novos impostos, enquanto as contribuições existentes, inclusive o sinistramente designado imposto de salvação pública, foram aumentadas (...) Após um ano de poupanças forçadas por parte do Estado, foram divulgadas estatísticas oficiais e os resultados pareciam notáveis: o superavit previsto tinha-se multiplicado, atingindo 285000 contos. Fora gasto menos dinheiro que o previsto e fora cobrado muito mais do que o inicialmente calculado. Com alguns altos e baixos, manteve-se uma sequência de orçamentos equilibrados sem quebras (...) Em 1940, o total de superavit orçamental dos últimos doze anos era de mais de 20 milhões de libras esterlinas.
O "Ditador das finanças" conseguiu ser o único a equilibrar as contas de um país com elevado défice em um ano. Actualmente uma de duas conclusões podemos tirar: Ou não temos gente em Portugal capaz de organizar uma máquina estatal tão grande, ou o regime vigente não abona a favor do que, para a teoria económica, é possível alcançar. Como a mudança de regime é, à data, impossível, só nos resta encontrar alguém que, de facto, consiga voltar a ser um "ditador das finanças".
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